Com alta de 24,31%, o agro acumulou sua participação na economia nacional de 20,5% para 26,6%, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Com um crescimento de 2,06% em dezembro, o PIB do agronegócio fechou 2020 totalizando um valor de aproximadamente R$ 2 trilhões no ano. Lembrando que o PIB pleno no Brasil, foi de R$ 7,45 trilhões.
O cálculo feito pela CNA e CAPEA incluem, além da produção do setor primário, também os segmentos de insumos, agroindústrias e agrosserviços. O destaque é o setor primário, com alta de 56,6%, seguido por agrosserviços (20,93%), agroindústria (8,72%) e insumos (6,72%).
Grandes desempenhos foram observados na agricultura e pecuária, as quais tiveram um crescimento expressivo em 2020, de 24,2% e 24,5%, respectivamente. Fortes participações agrícolas foram notadas pela robusta alta nas cotações do arroz (61,1%), milho (47,1%), soja (44%), trigo (29,5%) e café (21,9%). Já na pecuária, o aumento dos preços das proteínas animais, a expansão da produção e abate de suínos e aves, e a oferta de leite e ovos, positivaram ainda mais o PIB de 2020.
Lembrando que o segmento agrícola está se recuperando de momentos frágeis dos últimos anos. Na atividade dentro da porteira, no intervalo de 2017 a 2019, apesar de um crescimento de 20% da produção, a arrecadação foi reduzida em 20% devido ao momento desfavorável de preços. Em 2020, o fato de alguns produtores não terem se beneficiado expressivamente com a alta dos preços, decorre principalmente da intensa venda antecipada de grãos e também da elevação dos custos de produção.