O crescimento contínuo dos preços de terra leva mercado a buscar oportunidades cautelosamente.

A dinâmica dos preços do mercado imobiliário rural continuou a aumentar no trimestre abril-junho, com o preço médio da terra no Brasil alcançando R$23.160,79 por hectare, 45,77% superior à média verificada em 2021 e 4,51% maior à referência para o primeiro trimestre de 2022.

O indicador de terras para produção de cereais em áreas destinadas à atividade agrícola foi de R$ 52.368,37 por hectare, mais 42,65% do que a média para 2021, que era de R$ 36.700,53. Já as terras de pastagem brasileiras custaram R$ 12.928,35 por hectare no segundo trimestre de 2022. As regiões em pasto de baixa capacidade produtiva ofereceram, em média, R$ 10.494,83 por hectare, enquanto as pastagens de alta capacidade, R$ 16.239,57 por hectare.

Fonte: Informa FNP, adaptado AGBI (Abril – Junho de 2022)

O aumento dos preços das mercadorias e o aquecimento do mercado em algumas regiões do Brasil desde o encerramento de 2019, quando os relatos de intenções de aquisição ou realização de negócios se tornaram mais uma vez generalizados, contribuíram ambos para a tendência altista do valor das propriedades rurais.

Nas colheitas das safras de 2020/21 e 2021/22, a rentabilidade da produção de cereais foi recorde, o que encorajou o desenvolvimento da área e resultou em um aumento dos preços da terra. Para a próxima safra 2022/23, a continuação dos elevados preços de venda de mercadorias tende a permitir uma rentabilidade acima da média, apesar de um aumento dos custos de produção de cereais.

Concomitantemente, todos os tipos de uso e ocupação da terra sofreram grandes mudanças de preços. As áreas agrícolas tiveram uma variação nominal de 110,46%, o gado teve uma variação de 62,02%, a reflorestação teve uma variação de 81,59%, e a vegetação nativa teve uma variação de 24,38% ao comparar os indicadores de preços médios em 2019 e a média no segundo trimestre de 2022.

O mercado tem demonstrado aversão à condução dos negócios aos níveis de preços atuais, e tem-se notado uma diminuição de liquidez no campo. O crédito tornou-se mais caro quando a taxa básica de juros (Selic), que anteriormente tinha atingido um mínimo histórico de 2% em 2020, foi aumentada para os atuais 13,25%. Embora a níveis apropriados, os custos de insumos e fertilizantes, que também são historicamente elevados, impactaram as margens de produção. As próprias ações de interesse de compra ou a procura persistente de perspectivas comerciais no mercado, ajudam a manter a estabilidade dos preços das zonas rurais, favorecendo as expectativas de efetivação de negócios.

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