VALORIZAÇÃO DO MERCADO DE TERRAS
Conforme a análise da FNP em seu 99º Relatório, o mercado de terras teve uma valorização relevante quando comparado aos anos anteriores. No último bimestre, a valorização nominal média da terra de alta produtividade foi de 10,7% com valor médio de R$26.144 por hectare em relação aos últimos 12 meses, o que pode ser explicado pela demanda firme com o mercado de commodities aquecido e o aumento da procura por terras devido aos melhores rendimentos capturados, possibilitando a realização de novos investimentos.
Apesar do país ainda estar vivendo uma crise causada pela pandemia, o setor vive a expectativa de investimentos em infraestrutura tais como os leilões de concessões para desenvolvimento de modais de transportes, sendo o leilão da ferrovia EF-170, a Ferrogão, o mais esperado tanto pela alternativa de escoamento de grãos e culturas, quanto pelo potencial selo verde do projeto, que propõe reduções na emissão de carbono. Como resultado, a junção dos investimentos vindouros em infraestrutura com o aumento da produtividade e da renda da atual safra, causaram uma apreciação nos preços dos ativos.
Vale ressaltar que a análise do ambiente de negócios e mercado de terra dos últimos anos e expectativas de curto prazo, não refletem a qualidade dos investimentos nesse mercado, que deve ser avaliado a partir de uma visão de médio e longo prazo por sua característica de resiliência em ambientes de incerteza e alta volatilidade.
Como pode ser observado nos gráficos abaixo o preço das terras no Brasil é cerca de 2,6 vezes maior em relação a 10 anos atrás e apresenta consistente apreciação real dos preços considerando a média de crescimento por região nesse mesmo período.