Por que investir em terras no Brasil

O Agronegócio é um dos setores que tem despontado no Brasil seja como forte contribuidor para o PIB nacional ou seja como opção para investidores no mercado de capitais, isso por motivos que podem ser ligados a questão da preocupação ambiental ou pela percepção por parte do mercado financeiro que o setor pode ser estável frente a adversidades e ainda assim muito lucrativo aos seus investidores.

Em tempos em que os holofotes estão apontados para esse setor, especialmente neste momento em que os investimentos ESG surgem aos punhados, o mercado de terras foi fortemente aquecido e a alta demanda por este tipo de ativo causou substancial elevação nos preços. Desde 2019 o preço médio nominal das terras praticamente dobrou, deixando alguns investidores reticentes a entrada neste mercado após esta alta vertiginosa. Dessa forma, vale salientar alguns fatores pelos quais a manutenção do momentum do preço das terras tende a prevalecer. São eles:

Crescimento populacional: De acordo com Banco Mundial¹, a população mundial deve crescer de 7,9 bilhões para 8,8 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões até 2050. Isto significa que a população deve crescer quase 1 bilhão em 8 anos o que gerará uma demanda substancial de produtos agrícolas para cumprir com o compromisso de segurança alimentar no planeta. O Brasil como líder em exportações de produtos como gado, laranja, café, açúcar e soja se beneficiará dessa procura por mais alimentos e, consequentemente, deverá aumentar a sua produção.

Fonte: Banco Mundial

Geografia e Clima: O Brasil se beneficia de estar em uma posição geográfica que permite o cultivo durante todo o ano, possui diversidade de solo, possibilitando o desenvolvimento de diferentes culturas, facilitando o uso e eficácia de insumos agrícolas, com topografia apta para a mecanização, temperaturas amenas, recursos hídricos abundantes e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.

  

Fonte: Climatempo

Disponibilidade de Terra: O Brasil possui uma grande expansão de terras nas quais apenas 7,8% são utilizadas na agricultura, de acordo com a EMBRAPA². Hoje o Brasil possui cerca de 63,5 milhões de hectares em terras cultivadas sendo que apenas o Cerrado possui um potencial de 85,7 milhões de hectares para o cultivo. Considerando que fosse utilizado apenas este Bioma para a produção de grãos, ainda haveria uma capacidade de crescimento de 35% da área utilizada para agricultura no país. Em contraste, países populosos com população ainda crescente, como a Índia, e regiões altamente consumidoras, como a Europa, estão plantando perto dos 100% de suas áreas agriculturáveis. Estes países precisam importar alimentos de países com capacidade de exportação, como o Brasil.

Brasil é ponto focal quando o assunto é preservação ambiental: Quando o assunto é preservação ambiental, reflorestamento, e biodiversidade, é impossível não pensar no Brasil. Atualmente, investidores e ambientalistas de todas as partes do planeta estão se engajando para evitar o desmatamento da Amazonia e desenvolver o reflorestamento de regiões degradadas. A expectativa é que até 2030 o mercado de carbono movimente 170 bilhões de dólares. O Brasil possui mais de 40% das reservas florestais do mundo, o que faz dele um grande produtor de crédito de carbono. Além disso, o país tem uma estrutura regulatória madura para os investimentos em energia renovável. Dessa forma, como a terra é um bem finito, teremos uma “disputa” de espaços para diferentes atividades sustentáveis, como a agricultura, reflorestamento e criação de energia renovável.

Mercado de Carbono: Quanto maior o número de empresas assumindo compromissos públicos de “net zero” ou redução de emissões, mais o mercado de carbono aquecerá, tanto o regulado quanto o voluntário. Portanto, maior será a demanda por terras brasileiras destinadas a fixação de carbono no solo. A regularização de um mercado adequado às leis federais, também trará a confiança necessária aos investidores. Estima-se que a tonelada do carbono equivalente pode chegar a 80 dólares até 2030, oito vezes acima do valor médio atual, o que também atrairá mais interesse ao produto. O Brasil possui mais de 40% do carbono fixado nos solos da América Latina, com um potencial de comercialização de 500 milhões de toneladas de carbono equivalente.

Em virtude dos fatos mencionados, mesmo com a grande valorização recente, o setor imobiliário rural possui um potencial ainda maior de crescimento nas próximas décadas, uma vez que ele é um bem finito com latente demanda para a solução dos desafios sociais, econômicos e ambientais que estamos enfrentando. A AGBI, como incentivadora do agro brasileiro, está desde 2012 investindo em terras tendo concluído com sucesso dois veículos de investimento, entregando retornos acima da média de mercado aos seus investidores e está lançando seu terceiro veículo, o Fundo AGBI III Carbon FIAGRO FIP, por acreditar no cenário positivo do mercado de terras.

¹ Population estimates and projections | DataBank (worldbank.org)

² Síntese – Portal Embrapa

Foto: Arado foto criado por onlyyouqj – br.freepik.com

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